A Intermodalidade refere-se à combinação de dois ou mais meios de transporte.
É crescente o interesse no desenvolvimento do transporte intermodal flexível, tanto na União Europeia e nos Estados Unidos. Por exemplo, os programas europeus, como Marco Polo que promove a integração das redes de transporte nacionais na criação de redes transeuropeias.
A definição exata da intermodalidade todavia não é consensual, de fato, a maior parte do conteúdo passível de encontrar na Internet sobre intermodalidade diz respeito essencialmente ao transporte intermodal de mercadorias, como pode ser consultado num estudo da Missisipi State University.
O transporte intermodal de passageiros é um assunto de grande interesse, inclusive existe uma convenção internacional (INTERMODES) dedicada exclusivamente à intermodalidade de transporte de passageiros, que realizou recentemente a sua 6 ª edição, em Bruxelas.
A teoria dos sistemas complexos pode desempenhar um papel importante na compreensão de redes de transportes intermodais. Nesse sentido a Rede ComplexWorld identificou a intermodalidade como um assunto de interesse. A teoria dos sistemas complexos oferece uma estrutura poderosa que pode ser usada para estudar a intermodalidade, conhecida como Redes Complexas em Camadas (Layered Complex Networks). Estas consistem em redes que são elas próprias parte integrante de redes maiores, com um número de topologias coexistentes que interagem e dependem umas das outras.
A complexa rede em camadas pode ajudar a compreender a estrutura das redes intermodais e desenvolver métricas complexas apropriadas. Redes multicamada já foram utilizadas, por exemplo, para analisar a capacidade de recuperação da rede europeia de transportes aéreos sob falhas voo. Outro uso recente de redes de multicamadas é o desenvolvimento de ferramentas de SIG para investigar e avaliar o transporte multimodal.
Recentemente foi organizado um workshop em Barcelona, na temática das redes complexas que incluíram a intermodalidade como um dos seus temas. Um dos resultados do workshop foi um novo artigo sobre a intermodalidade escrito por Fabio Lamana (Doutorado em Engenharia de Transportes) e que discute a intermodalidade do ponto de vista do passageiro. O artigo apresenta em detalhe o desenvolvimento da centralidade horária, uma métrica que capta o papel de um determinado nó (o Intermodal Hub que conecta diferentes meios de transporte), o que permite a medição da eficiência do cubo na rede intermodal.
Existem também outros estudos científicos recentes nas redes intermodais que fazem uso de ferramentas de sistemas complexos. Por exemplo, um artigo de 2012 por M. Zanin e coautores que discute os benefícios do ambiente de intermodalidade aero-ferroviária, e apresenta como exemplo o comboio de alta velocidade que foi projetado para ligar Madrid Barajas com a rede ferroviária de alta velocidade espanhola. Infelizmente, este projeto em particular está hoje em questão, devido a restrições orçamentais.
Aguardamos que a intermodalidade se possa tornar num tema de crescente relevância nos anos seguintes, com muitos mais artigos científicos e projetos tecnológicos que virão.
Journey Planners
Os Planeadores de viagens multimodais incluem todos os modos de transporte e todas as opções de transporte público possíveis. Pretendem providenciar aos utilizadores todas as informações necessárias para planejar uma viagem porta-a-porta com apenas algumas instruções, permitindo assim que seja possível viajar de uma forma que melhor se adapte às suas necessidades: opção mais rápida, opção mais barata, ou um que menos afeta o meio ambiente. Para as cidades em particular, mas também muitas outras zonas dos sistemas de transporte, a fim de enfrentar o aumento do congestionamento. Um melhor planeamento de viagem é uma ferramenta que pode promover o uso de soluções de transportes alternativos, tornando todo o sistema mais sustentável.
